Muito tem se falado nos últimos anos sobre blockchain, em virtude das características ligadas à segurança e agilidade nas transações que utilizam essa tecnologia. No mercado de seguros, a tecnologia blockchain também chegou para ficar, trazendo mais confiabilidade para as operações. Mas, o que é blockchain? Em primeiro lugar, é necessário esclarecer que blockchain não é uma moeda virtual, apesar de ter nascido com a primeira criptomoeda, o Bitcoin. É um conceito de arquitetura computacional que pode ser implementado por qualquer empresa que tenha know-how para isso.O processo criado e utilizado para a implementação do Bitcoin pode ser utilizado para qualquer tipo de contrato — ou smart contract — visando à validação de etapas encadeadas. O blockchain é um grande livro digital em que cada registro, chamado aqui de bloco, é inserido e permanece imutável, com um carimbo de tempo. Essa validação das alterações feitas em novos blocos na cadeia ocorre de forma anônima, criptografada e descentralizada em um intervalo regular de tempo — alguns minutos geralmente — pelos participantes do bloco.A cada modificação, a etapa anterior é mantida e essa modificação tem que ser validada por outros participantes da cadeia, ficando os novos dados registrados. Isso permite transparência e rastreabilidade no processo de validação dos documentos. Por exemplo, o bloco 5 de uma cadeia de blocos é dependente da autenticidade do bloco 4, que também é dependente de todos os seus antecessores nesse aspecto.Confira alguns pontos em que essa tecnologia tem causado grande impacto no mercado segurador.
A confiabilidade é o principal fator ligado ao blockchain. Nenhum dos envolvidos nas transações poderá fazer qualquer modificação sem que todos saibam o que foi feito. Além do fato de que essa alteração deverá ser validada e carimbada com a data em que foi realizada. A independência do próprio contrato e a precisão dos dados faz com que todos os envolvidos na emissão da apólice fiquem tranquilos em relação à integridade das informações ali contidas. Isso também se refletirá no nível de confiança que o cliente final terá em relação ao mercado de seguros e, por consequência, maior adesão a esse tipo de serviço.
Em razão da complexidade no processo de obtenção de seguro, ele se torna, por vezes, ineficiente. Utilizando o blockchain como controle comum dos contratos, a coordenação entre os diversos agentes envolvidos nessa cadeia pode ser descentralizada, trazendo agilidade e transparência ao processo. Com essa implementação, o controle de fraudes se torna muito mais eficaz, podendo-se eliminar seguros duplos e falsificações, aspectos bastante comuns hoje no processo de emissão de seguros.
No mercado de seguros, a contratação envolve diversas partes interessadas, sendo que a entrada de informações é, em várias etapas, feita de forma manual, situação que além de ser muito custosa, fica exposta a erros humanos. Com o blockchain essa velocidade de entrada e validação de informações é sensivelmente aumentada, além de permitir a rastreabilidade imediata dos dados em casos de sinistros, principalmente os que envolvem ativos físicos, eliminando boa parte de intermediários que hoje ainda são necessários no processo. Apesar de o blockchain ser uma das tecnologias mais disruptivas surgidas nas últimas décadas, é necessário analisar se o negócio realmente tem capacidade para sua implantação, pois envolverá etapas de desenvolvimento ou aquisição da tecnologia, manutenção de serviços em nuvem, implementação de IoT (Internet das Coisas) caso se opte por algum tipo de rastreamento de veículo para automação de liberação de sinistro, testes de campo, entre outros pontos a serem verificados para se projetar o retorno sobre o investimento. Gostou de nossas informações sobre o impacto da tecnologia blockchain no mercado de seguros? Então, compartilhe agora com seus amigos e deixo-os informados também! Siga nosso perfil agora mesmo no Instagram, Facebook e no LinkedIn para acompanhar nossas novidades de perto!